quarta-feira, 11 de março de 2020

Cartas

Um dia te escrevo uma carta...

Não uma carta como tantas outras que escrevo, que nunca serão enviadas.
Que nunca terão o prazer de  sentir tuas mãos calejadas e nem o prazer de serem tocadas por teus dedos ágeis.


Eu sinto saudades, 
sempre houve uma grande promessa entre nós, 
algo que não sei explicar. 
Uma conexão talvez, uma sintonia que ainda não tive com ninguém.
Muitas vezes pareceu que tudo tinha acabado, mas eu, como uma trouxa qualquer, escolhia te dar mais uma chance, e todas elas valiam a pena,  resultando em uma foda sensacional. 
Mas isso não é o bastante, não mais.
As promessas que sustentavam nossa relação já não parecem tão atrativas. 
O sexo maravilhoso, me trás a tona sentimentos que tento sufocar aos poucos. 
As suas escolhas só te levam pra longe de mim, a cada passo que você da ao meu lado você dá dois ao lado dela .
Não sei lidar com a indiferença, nem com o silêncio, preciso de gestos de amor e pequenas doses de atenção. Preciso de presença, e de alguém ao meu lado. 
Mas o que posso esperar de você que se mostrou um fraco?
O tempo está passando, você está se afastando e acabando com o pouco que tínhamos. 

 Ao pé do meu ouvido você jura que me ama, mas é ao lado dela que você amanhece todos os dias.

Juntos, vocês dividem as alegrias e discutem as frustrações, todos os dias.

Isso me incomoda, incomodava pelo menos, todos dias.
Eu me auto sabotava em busca desesperada pra me desvencilhar de você.

Adivinha só? Estou conseguindo.

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